No dia-a-dia de nossas atividades estudantis, profissionais ou de lazer, nos discursos, na correspondência, ou mesmo no bate-papo entre amigos, qual de nós não cometeu algumas impropriedades de linguagem? O tempo passa e, se não exercitarmos o que estudamos e aprendemos, certamente alguma coisa vai escapar. E vai daí que… Pensando nisso tudo, apresentamos uma série de formas próprias e impróprias de nos expressar, evitando, assim, ‘gafes’ desnecessárias. Na coluna da esquerda, apresentamos as formas impróprias, ou seja, incorretas; à direita, estão as formas próprias, ou corretas.
Conclui-se o texto dizendo ser importante o bom uso da linguagem, em qualquer situação da vida, pois a linguagem é como espelho, ferramenta, lugar. Deverá o leitor ficar atento para evitar situações embaraçosas, sobre o que dizer ou não dizer em conversas, relacionamentos pessoais, apresentações, discursos, textos escritos. Na vida, a linguagem traduz cada pessoa, sua forma de ser, agir, pensar. É uma arma com a qual a pessoa poderá ganhar ou perder. Portanto, todo cuidado será pouco.
DICAS DE GRAMÁTICA
ONDE ou AONDE e DONDE, quando usar uma forma e outra?
– Use ONDE nos casos que não admitem uma substituição por PARA ONDE, como as situações estáticas:
“Onde moras?”
“O lugar onde vives é muito bonito.”
“Onde colocaste o Domínio?”
– Use AONDE nos casos que admitem uma substituição por PARA ONDE, como nas situações dinâmicas, onde aparecem verbos de movimento:
“Aonde vamos?” (“Para onde vamos?”)
“Aonde te diriges?” (“Para onde te diriges?”)
– Use DONDE para indicar procedência, causa ou conclusão.
Exemplos:
“Donde vens? E donde esta cara triste?”
“Ele nunca adoece, donde se conclui que tem boa saúde.”
* Luísa Galvão Lessa Karlberg IWA– É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Mestra em Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense – UFF; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras; Membro perene da International Writers end Artists Association – IWA; Coordenadora da Pós-Graduação em Língua Portuguesa – Campus Floresta; Pesquisadora DCR do CNPq.