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A questão dos haitianos

O Acre foi bom. Acolhedor. Mesmo com o pouco que pode fazer para ajudar os imigrantes que fugiam da pobreza e outros agravos sociais em seu país, o fez. Aguentou a barra durante quase 2 anos. A situação às vezes saiu do controle. E não era para esperar menos, já que uma questão federal não pode ser controlada por um Estado modesto como o Acre.

O Brasil está sendo mais atencioso com a causa dos imigrantes nos últimos anos. E agora, mais do que nunca, já abriu os olhos para esta problemática do fluxo migratório para o país, tendo o Acre como porta de entrada. Cada vez mais está lançando medidas para retomar as rédeas da migração indiscriminada de estrangeiros. Afinal, mais de 40 mil haitianos já passaram pelo Acre.

Há quem reclame. Há quem diga que se o Governo Federal tivesse sido mais ágil e tomado atitudes mais bem elaboradas, tudo poderia ser diferente. Não deixa de ser verdade. Se este drama todo dos haitianos tivesse sido resolvido com ações mais certas, mais planejadas, hoje provavelmente não haveria mais tantos pontos obscuros. Tantos nós nas linhas.

Mas o passado é passado. Conjecturar não leva a nada. O que é preciso fazer agora é pensar daqui para frente. A União está sensível à causa dos imigrantes. E o que o Acre precisa fazer é entrar no jogo com o seu know how por ser o primeiro Estado a lidar tanto tempo com eles. E está fazendo isso, como provou a visita do governador ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo.

Medidas foram tomadas. Só resta aguardar agora os próximos capítulos desta novela.

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