Um caso de tortura no interior do Acre. Poderia ser notícia falsa ou velha, já que esses são outros tempos. Mas não é.
O caso aconteceu na cidade de Feijó e a denúncia foi realizada em fevereiro deste ano. Dois homens ofereceram carona à vítima e a levaram para um lugar deserto. Lá, iniciou-se uma série de torturas, que incluíram agressão verbal, chutes e golpes de uma barra de ferro. Além do fato de a pessoa ter sido arrastada por um carro.
O motivo? Os acusados queriam que a vítima confessasse um furto. Eles, é claro, pegaram 11 anos de cadeia.
O problema é que esse agravante se estende além de um caso do interior. Está aqui a todo o momento. Basta olhar para as redes sociais.
Uma simples foto é repassada por grupos de WhatsApp ou pelo Facebook e depois compartilhada por milhares de pessoas. A legenda alega que a pessoa da imagem é uma estupradora de criancinhas e logo começa a caça às bruxas. Todos se tornam juízes.
Muitas vezes, tal atitude do “achismo” se torna um crime concreto de vingança sem o devido julgamento e pena.
Todo o cuidado na hora de apontar o dedo e sair fazendo justiça com as próprias mãos. Agir assim é regressar e muito.