Na semana passada, logo após a visita dos presidenciáveis Lula e Evo Morales ao Acre, não se falava em outra coisa que não fosse o queima Bíblia em um evento de ateus na Ufac. O ato foi ofensivo e inconsequente. Incitou outros gestos tão ruins quanto. Mas já passou.
Uma ação pequena – e um tanto precipitada – ganhou uma repercussão maior do que a que deveria ter. O Brasil inteiro ficou sabendo do que aconteceu aqui. Uma fama equivocada e desnecessária para o Acre e para os acreanos. Em redes sociais, a atitude gerou postagens de ódio. Mensagens vis e que beiravam a intolerância religiosa, tanto de cristãos quanto de ateus.
O músico que fez o primeiro gesto (o que começou tudo) pediu desculpas ontem, em uma carta aberta ao padre Massimo Lombardi. Foi humilde. Pediu desculpas e disse que foi desrespeitoso e que não tinha intenção de ofender ninguém. Agora é hora de perdoar. Seguir adiante.
A polêmica foi ruim. Ganhou um contorno exagerado. Mas isso não pode manchar pra sempre a nossa imagem perante ao resto do país. O ato foi pequeno. E merece ser tratado assim.