Olá, tudo bem? Como vai você?
Neste momento tenho refletido sobre o amor romântico, aquele sentimento gostoso que nos invade sem pedir permissão, tomando conta do nosso coração, da nossa alma. Sabe de uma coisa, este amor é muito mais que sentimento, é ação, atitude, é comportamento.
Atualmente, tenho percebido a forma banal com a qual o amor tem sido tratado, usado e até mesmo interpretado.
As pessoas amam em uma semana, e na outra, já não amam mais, pois seu coração encontra-se ocupado com um novo amor, se é que posso chamar esse sentimento e comportamento de amor.
Mas na verdade, conforme diz o título: Quem disse que o amor faz sofrer?
O amor nessa Pós-Modernidade tem se tornado volátil, descartável.
Infelizmente, encontramos pessoas se agredindo, afirmando se amarem.
Certa vez, disse alguém pra mim:
– Sabe Claudia, eu estou em pânico. Meu marido chegou em casa, gritou comigo, me jogou contra a parede machucando-me. Eu nunca vou esquecer a dor que senti e do sangue escorrendo pelo meu rosto do soco que ele deu em meu nariz. E ao mesmo tempo gritava comigo, culpando-me pelo péssimo rendimento escolar dos nossos filhos. Lembro-me que eu chorava muito, as crianças também, pois estavam assustadas. Daí, após extravasar toda ira, ele me sentava em uma poltrona para cuidar de mim, limpava meu rosto, passava medicamento e dizia que agia dessa forma porque eu o irritava, mas que me amava, e eu, naquele momento me sentia feliz, pois ao limpar minhas feridas, eu percebia que ele se preocupava comigo, que ao menos fez algum gesto de carinho.
Meu amigo, minha amiga, isso é amor?
Se isso for amor, sinceramente, eu não aceitaria ser amada.
Me diz uma coisa: machucar, ferir, agredir, como é possível chamar esses comportamentos de amor?
Como é possível acreditar em um sentimento que causa dor e feridas, deixando cicatrizes no corpo e na alma?
E o que mais me impressiona é que alguns homens, após tamanha agressão, ainda assim, querem fazer amor. Neste caso, não existe uma relação amorosa e sim uma satisfação sexual egoísta, o famoso “eu vou lhe usar”.
Infelizmente, algumas mulheres mesmo sem desejar, cedem para satisfazer aquele que ela ainda consegue (nessa patologia) chamar de marido, companheiro, parceiro. Adoecidas, elas não percebem que ao agir assim, estão se agredindo, mutilando sua autoestima e amor próprio.
Homens, o impulso sexual feminino está muito mais associado às emoções. Quando a mulher é realmente amada, ela deseja naturalmente intimidade sexual, ela deseja fazer, de fato, amor com seu parceiro.
Então, não cobrem delas aquilo que vocês estão sendo incapazes de dar: amor!
E quanto à agressão moral, emocional?
Muitos usam palavras que ferem tanto quanto uma agressão física, ferindo e marcando a alma, torturando com palavras humilhantes, aos poucos, vai destruindo o valor e respeito por si próprio, ao ponto de adoecer e enfraquecer a vítima.
É impressionante ver que este tipo de comportamento ainda acontece em pleno século XXI e em todas as classes sociais.
Como chamar agressões de amor?
Amor não fere, não machuca, não agride, não humilha e nem despreza.
Impressionante como a vítima torna-se dependente do seu agressor, tratando o mesmo com carinho, atenção e respeito.
Será o medo o maior estímulo desses sentimentos por elas demonstrado?
Aqui pra nós, quando você permitirá que tudo venha ser modificado? Quando deixará de ser refém do seu agressor?
Minha amiga, está na hora de acordar!
Dê um basta em tudo isso!
Quem ama cuida, protege naturalmente, pois vê em você alguém extremamente especial.
O coração e o comportamento de quem ama verdadeiramente transborda de carinho, afeto, respeito e ternura.
Não permita ser anulada!
Chega de ser escrava da brutalidade.
Reconheça que somente você pode mudar esta realidade e não mais permitir tanto sofrimento e dor, destruindo sonhos, planos, desejos.
Destruindo sua autoestima e esvaziando a sua energia motivacional.
Lute, reaja!
Você é capaz de mudar essa realidade doentia, sarar feridas e seguir em frente para conquistar o que seu coração ferido não pode ver e nem sentir: paz interior e felicidade em cada conquista.
Quem diz que amor dói é porque nunca sentiu o verdadeiro sabor de um sentimento e comportamento transformador: o amor.
Obrigada!
Forte abraço!
* Claudia Correia é psicóloga.
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Facebook: Claudia Correia de Melo