Precipitada. Beirando até o ridículo. Olha, não há forma melhor de denominar esta atitude de alguns agentes socioeducativos na Assembleia Legislativa do Acre, durante a sessão da manhã de ontem, 2. Foram até a Casa do Povo (que é do povo, sim, mas tem medidas de segurança) e cobraram avanços nas suas reivindicações. Até aí tudo bem. O problema foi depois.
Os agentes teriam tentado invadir o Salão Azul do parlamento, esbarraram nos seguranças do local e ficaram chateados. Deram uma cobrada nos deputados e disseram que são ‘ignorados’.
O momento é de greves. Isso é inegável. Estão de braços cruzados os servidores da Suframa, técnicos e professores da Ufac, os eletricitários e até de um cartório (essa é inédita). Motoristas e cobradores de ônibus estão quase lá. E, pelo visto, os agentes (talvez aproveitando todos os holofotes da redução da maioridade penal) também querem entrar na onda. É muita greve.
Os ânimos estão agitados, mas isso não é motivo para ninguém sair invadindo os lugares. As pautas da categoria são difíceis de serem resolvidas. Não é da noite para o dia que se consegue mudar um sistema que apresenta deficiências. É preciso ter paciência.
Outra irresponsabilidade é querer sair com ‘denuncismos’ ao invés de primeiro tentar sentar e negociar com quem já havia começado a tratar do assunto. Jogar a sujeira no ventilador é a última medida. Jamais pode ser a primeira.