Em atitude de bom senso e responsabilidade, cerca de 40 diretores de escolas se reuniram ontem com o secretário de Educação pedindo a reabertura do diálogo com o Governo para por fim à greve que já dura quase 50 dias e manifestar inclusive sua discordância de como o movimento grevista está sendo conduzido.
Assim é que se faz e se espera de professores e educadores. Manter sempre as portas abertas para o diálogo e as negociações e, como alguns participantes chegaram a declarar, repudiar toda a forma de intransigências, de provocações. E, pasmem, até mesmo de ameaças, das quais eles mesmos foram vítimas por parte de um grupo mais exaltado e descompromissado com a Educação, com objetivos outros.
Além disso, como também foi assinalado durante a reunião, os diretores têm consciência de que essa greve prolongada pode comprometer o semestre e até mesmo o ano letivo. E foram sinceros e honestos, ao contrário da presidente do sindicato, em reconhecer que terão dificuldades em repor os dias parados.
Resta agora esperar a mesma disposição do Governo em reabrir o diálogo com a categoria, começando com os diretores das escolas, como se fez ontem, cessando também qualquer tipo de provocação. E mesmo, se for o caso, como os diretores chegaram a solicitar, retirando a medida do corte de salário, desde que, evidentemente, retomem as aulas.