Professores em greve anunciam que hoje sairão mais uma vez pelas ruas centrais da cidade no que chamam de “marcha da democracia”. A expressão pode até soar bem, mas democracia não é apenas isso.
Aliás, de professores com nível superior era de se esperar um pouco mais de inteligência ou esperteza. Mais uma vez, deverão atrapalhar o trânsito e provocar a indignação de quem precisa ir e vir para o trabalho, para atendimento médico ou ate mesmo para estudar, considerando que grande parte das escolas está funcionando.
Deixando-se levar por algumas lideranças que deverão aparecer no ano vem com candidatos nas eleições municipais, esses professores ainda não perceberam que estão sendo usados como massa de manobra por esses espertalhões.
Além do que, poderão ser ainda responsabilizados pelos mais de 10 mil estudantes que estão concluindo o curso secundário e se preparando para o Enem. Uma questão séria, grave.
Como já se disse e vale repetir, o movimento esvaziou, não tem mais nada a oferecer para a categoria. O que têm a fazer é retomar o diálogo e as negociações com o Governo para obter o que pode ser exequível para este e, sobretudo, para o próximo ano.
Como sindicalistas deveriam saber que greve deve ter começo, meio e fim e resultado. Greve por greve, por tempo indeterminado, geralmente redunda em fracasso.