Resguardando sempre o direito de se manifestarem por melhorias salariais e condições de trabalho, as lideranças dos professores hão de convir que essa greve já rendeu o que tinha que render e, se forem inteligentes e éticos, vão encontrar a melhor maneira e oportunidade para encerrá-la.
O principal motivo é o de que o Governo não vai ceder a reivindicação de reajuste salarial este ano. Primeiro, como assinalou o governador, porque não há recursos diante da crise econômica porque passa o país, estados e municípios. E ontem o secretário de Educação também argumentou que a concessão de aumento poderia infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Outro argumento é o de que, por mais barulho e provocações que façam, o movimento não conta com a adesão da maioria dos professores e, sobretudo, dos estudantes. E perdem também o apoio da sociedade, quando interferem no seu direito de ir e vir, fechando ruas e pontes.
Por essas e outras razões, o mais sensato a fazer é sentar e negociar com o Governo as reivindicações da categoria para o próximo ano, quando, então sim, teriam todos os motivos para protestar, se não forem atendidas.