A radicalização e politização do movimento grevista dos professores só poderiam redundar nisso. Como se está anunciando, o Governo determinou o corte de salário dos faltosos às salas de aula.
Porém, não foi por falta de aviso. Desde o começo da greve que se vem alertando que o movimento estava exagerando em provocações. E domingo, durante a abertura da feira agropecuária, alguns manifestantes promoveram um espetáculo deprimente ao tentar atingir a esposa do governador, insuflados por um deputado perfilado à chamada “bancada da bala” na Câmara Federal.
Que parceria vergonhosa para professores, educadores!
Além disso, como também se vinha alertando, o movimento não conta com a adesão da maioria dos professores. A maioria continua em sala de aula para não comprometer o semestre e prejudicar os estudantes. Com isso, o movimento perde a legitimidade, o que confere ao Governo a prerrogativa de sustar os salários.
O que se tem a fazer e ainda é tempo – vale repetir – é formar um grupo de trabalho de pessoas sensatas e negociar com o Governo sobre o que pode ser concedido ou não neste e, sobretudo, no próximo ano.
Contudo, sem a interferência de políticos oportunistas que só visam resultados eleitoreiros ou revanchistas.