Sindicatos de professores e trabalhadores da rede estadual de ensino não aceitaram a contraproposta do governo, que definia um grupo de trabalho envolvendo trabalhadores da área e integrantes da gestão para avaliar a economia estatal. A resposta foi dada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, na manhã de ontem, 14.
A contraproposta foi apresentada durante coletiva de imprensa realizada na Secretaria de Estado de Educação (SEE) na última segunda-feira, 13, pelo secretário de Estado de Educação, Marco Brandão. Nascimento diz sequer considerar o grupo de trabalho uma proposta. “Não atende à pauta dos trabalhadores, e a categoria optou por manter a greve”, salienta.
Para a presidente do Sinteac, esta seria uma forma de impor uma suspensão da paralisação. “Estão fazendo o máximo para isto. Temos 31 escolas em greve em Rio Branco da rede estadual, das 85 existentes. Isto não perfaz 7%, como foi afirmado durante a coletiva”.
“A categoria não aceita a proposta”
“Não é o sindicato quem decide se aceita ou não a proposta do governo, mas a categoria, e não houve resposta positiva ao que foi ofertado”, informa a presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), Alcilene Gurgel. A classe não estaria disposta, segundo a presidente, a esperar pelas negociações até o mês de setembro.
Em relação aos dados apresentados pela SEE, em que foi dito que 89% dos recursos educação estariam destinados à folha de pagamento, Gurgel diz que o sindicato dispõe de outros números. “Vale mostrar o que há e o que não há de recursos. Temos de negociar com mais segurança”, finaliza.