A greve dos professores acabou. Ou melhor, foi suspensa. Agora as escolas buscam o caminho para retomar o 2º semestre do ano letivo de forma a não prejudicar mais ainda as aulas. O atraso no calendário escolar, deficiências dos alunos ao fazerem o Enem serão as consequências da greve. Só que as marcas do movimento parecem não querer passar.
Lideranças da greve (que durou cerca de 2 meses) insistem em tentar polemizar um assunto que já passou. E que as pessoas já não querem mais ouvir. Insistem em abordar decisões judiciais, remoer velhas medidas (muitas delas até já retiradas) por parte do governo, entre outras coisas.
Não adianta mais chorar sobre leite derramado. A greve agora está no modo suspenso. Isso significa que é hora de as lideranças dos dois lados desta história sentarem para conversar. O governo já disse que está novamente aberto ao diálogo, que respeita os professores e quer convocá-los para conversar. Os sindicalistas têm que fazer o mesmo.
Todo este impasse não é uma questão política. Trata-se de bom senso. Se os representantes dos professores, ou do governo, não aproveitarem este tempo de trégua para, primeiro, se desarmarem, depois dialogarem, a suspensão não vai adiantar de nada. Daqui a menos de 2 meses a greve vai estar aí de volta. Firme e audaciosa, porém extremista e improdutiva.
E se há uma certeza nisso tudo é que esta é a última coisa que a população quer ver.