O Governo precisa agir com todo rigor, utilizando-se sim da polícia, como se noticiou, para apurar e punir casos de moradores que já estariam vendendo moradias que receberam há pouco tempo no conjunto habitacional Cidade do Povo e, por extensão, a outros conjuntos populares.
Essa não é uma prática nova. Sabe-se que ao longo dos anos espertalhões tem montado uma verdadeira ‘indústria’ ou tráfico com terrenos, ocupações e moradias que recebem gratuitamente ou a preços módicos do poder público, desvirtuando completamente a finalidade do programa de habitação popular.
E, justamente, por se tratar de uma ação criminosa é que se deve usar a polícia para investigar os autores, os atravessadores, e puni-los com o rigor da lei, sem paternalismos e comiseração.
Como se sabe, o déficit habitacional no Estado, sobretudo, na Capital, ainda é elevado. Mais conjuntos populares precisam ainda ser construídos para atender à demanda de milhares de famílias que moram em áreas de risco.
Isso custa recursos públicos e não é justo que espertalhões se valham de facilidades para desvirtuar esses programas com negociatas. São casos de polícia e como tais devem ser tratados.