Com a mudança de direção na Superintendência da Polícia Federal no Acre, espera-se um combate mais efetivo e rigoroso desta corporação ao narcotráfico, ao contrabando e outras contravenções.
O que se tem observado nos últimos tempos é que a Polícia Federal não tem dado a devida atenção à prevenção e combate a esses crimes na fronteira, relegando a tarefa para outras forças policiais que já têm outras obrigações específicas.
Aliás, aqui no Acre, os próprios agentes da corporação reclamavam, recentemente, da falta de apoio e recursos para fazer seus trabalhos, tendo que se deslocar de ônibus para os municípios de fronteira.
Com efeito, a se considerar o número de agentes, delegados, auxiliares e recursos técnicos que a Polícia Federal dispõe na região chega a ser imensamente desproporcional com os milhares de quilômetros de fronteira aberta com os países vizinhos, tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas.
Enquanto isso, quase todos os dias se assiste ações espetaculosas da mesma força policial, mobilizando 200, 300 policiais ou mais para prender meia dúzia de pessoas nas grandes metrópoles em operações como a Lava Jato ou outras.
Nada a opor, mas, como qualquer órgão público, a Polícia Federal tem também outras obrigações a cumprir e uma delas é o combate ao narcotráfico na fronteira.