Mesmo com a crise econômica – e política – que castiga o país, estados e municípios, o governador Tião Viana entregou ontem mais 365 casas na Cidade do Povo para famílias de vários bairros tidos como áreas de risco, atingidos pelas cheias do Rio Acre, pela erosão e outros fatores.
Criticado no começo por alguns setores políticos, o projeto Cidade do Povo já não é mais um projeto. É realidade e é mais do que um bairro. Pode-se dizer que é uma “cidade”, que vem dando certo e que na fase final de sua execução abrigará cerca de 10 mil famílias carentes que todos os anos perdiam tudo.
O que se tem a fazer daqui por diante é dotá-lo dos serviços públicos essenciais, para que seja o mais autossuficiente possível, seguindo a orientação dos bons urbanistas, os quais recomendam que, para resolver os problemas das cidades, o mais indicado é desconcentrar esses serviços das áreas centrais.
Para isso, entretanto, é preciso envolver também seus moradores, através de uma ação social, pedagógica, a fim de que eles assumam suas responsabilidades não só no cuidado de suas moradias, mas a transformem numa verdadeira comunidade, sem violência, sem drogas e outras mazelas.