Uma guarnição do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar conseguiu prender o acusado pelo crime bárbaro ocorrido na Comunidade Baixa Verde, na BR-317, na Estrada de Boca do Acre. Três pessoas da mesma família foram assassinadas a golpes de terçado. Duas pessoas idosas (Osvaldo Macário da Costa, 73 anos, e Orlinda Timóteo da Silva, 83 anos) e um homem (Agnaldo de Sousa Macedo, 43 anos, filho de Orlinda). O suspeito foi preso na Rua Passo Fundo, bairro Airton Sena.
De acordo com a polícia, o acusado Tadeu Ferreira de Jardim, 42 anos, mais conhecido pelo apelido de ‘Neuzin’, foi preso com ajuda de um parente dele. O denunciante temia um possível ataque violento contra a sua família. Por isso, decidiu denunciar que ‘Neuzin’ estava escondido na casa de uma irmã e que, inclusive, estaria ameaçando a sua família.
Com a localização do suspeito, a guarnição do Bope, com reforço de outras guarnições do 3º Batalhão, cercaram a casa. Quando Tadeu Jardim percebeu a presença da polícia, tentou fugir pelos fundos, mas foi preso.
Durante o percurso até a Delegacia de Flagrante (Defla), o acusado teria negado qualquer envolvimento no triplo homicídio na Baixa Verde. Só que, ao chegar à delegacia, ele resolveu confessar, em depoimento ao delegado, contando detalhes do crime bárbaro.
De acordo com o depoimento do acusado, uma discussão entre ele e a idosa Orlinda Silva, de 83 anos, ainda na manhã de sábado, 26, teria desencadeado a ‘madrugada de fúria’.
Ofensas e palavrões não ‘saíam da cabeça’ do acusado
Segundo Tadeu Jardim, tudo começou na manhã de sábado, 26, quando ele foi à casa das vítimas para matar um porco. Ele discutiu com a idosa Orlinda Silva, que supostamente o teria agredido com palavras de baixo calão.
Após matar o porco, Tadeu foi embora, mas as palavras da idosa não saíram da cabeça dele. O acusado teria até chegado a se bater na tentativa de esquecer o que ouviu da mulher.
“Quanto mais tempo passava, mais ódio eu sentia. E os palavrões, os xingamentos que ouvi, não saíam da minha cabeça. À noite, decidi invadir a casa para matar a velha”, teria dito o acusado.
O homem teria dito aos amigos de bebedeira, inclusive, que mais tarde iria matar a senhora Orlinda. Só que as ameaças foram ignoradas, já que Tadeu estava bastante embriagado.
Tadeu contou ao delegado que foi dormir, mas no começo da madrugada acordou e ainda estava com muita raiva. Ele, então, pegou um terçado e decidiu ir à casa das vítimas supostamente com a intenção de matar a idosa.
“Arrombei a porta e na sala encontrei o ‘velho’ (Osvaldo Macário) deitado no sofá. Dei uns golpes nele e consegui decepar a mão dele, que correu e caiu na cozinha. Fui atrás e acabei de matar. Depois entrei no outro quarto e golpeei o ‘filho da velha’ (Agnaldo, que não teve chance de se defender já que estava dormindo e meio entorpecido pelo efeito de bebidas alcoólicas quando foi assassinado), ele morreu lá mesmo. Em seguida, entrei no quarto e enfim matei a velha, que estava dormindo na cama” teria relatado o suspeito, com frieza nas palavras, conforme o delegado do caso.