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Jornal A GAZETA: 30 anos de incentivo e apoio à cultura popular no Acre

Dinho Gonçalves recorda apoio do jornal à cultura. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

Ao longo de 30 anos, o jornal A GAZETA contou a história do Acre. Momentos históricos, episódio polêmicos, casos marcantes, histórias de superação, alegria e tristeza. A vida e a morte lado a lado, este impresso mostrou dramas, mas também muita comédia. Pelo menos é assim que Dinho Gonçalves, o Palhaço Tenorino, que surgiu na mídia em meados da década de 90, recorda como o jornal colaborou para a construção da identidade cultural do Estado.

Dinho descreve como fenomenal o apoio e incentivo do jornal A GAZETA à cultura. Ele lembra que ao criar o Grupo do Palhaço Tenorino (GPT), a intenção era que todos os membros tivessem conhecimento total sobre teatro, além de levar o grupo para se apresentar em outros estados. “Uma das formas de obter conhecimento sobre teatro é ver teatro. Na década de 90, só existiam dois grupos de teatro: o nosso e mais um. Nós não tínhamos o que ver na cidade”, disse.

Na década de 90, o jornal ajudou diversas vezes o GPT na divulgação e também na arrecadação de dinheiro para as viagens do grupo. Dinho recorda entusiasmado aquele tempo. Em acordo com o setor comercial do jornal, o ator conseguia exemplares por um preço simbólico e, assim, junto com os membros do grupo arrecadavam dinheiro para viajar.

“Eu ia com meu grupo, às 4 horas da manhã, para a esquina do Mercado do Bosque vender jornal. Eu vendi jornal que custava na época R$ 1, por R$ 2, R$ 5, R$ 10. Nós vendíamos tudo, até as 10 horas da manhã. E assim, A GAZETA contribuía significativamente para nosso grupo viajar”, conta eufórico, Dinho.

Dinho destaca que o impresso também produzia conteúdo cultural, sempre oferecendo um espaço de destaque para os talentos acreanos. “Nós trazíamos os prêmios dos festivais, por exemplo, de melhor atriz e melhor música. Chegávamos aqui na redação do jornal contando do Festival e no outro dia estávamos na primeira página”, fala o ator do espaço privilegiado no jornal.

O ator diz que o espaço poderia ser menor “uma notinha pequena”, mas o jornal A GAZETA sempre fez questão de destacar os artistas acreanos. “Sempre foi uma espaço enorme que tivemos. Fotos grandes, às vezes, até uma página inteira”, completa.

Para Dinho, essa é uma das funções do jornal: se preocupar e divulgar conteúdo que mostra o Acre fazendo bonito em outros lugares. “Quando A GAZETA recebe todos os anos o prêmio nacional de jornalismo, por que não foi o jornal de Porto Velho, Piauí? A GAZETA mostra por si só que ela tem uma qualidade, por isso ela ganha prêmios”, afirma.

Por fim, o ator fala do papel jornalístico de A GAZETA, de mostrar fatos que engrandecem a cultura local. “A GAZETA colaborou e colabora porque ela abre as portas, a alma e o coração”.

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