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Novos remédios contra hepatite C começam a ser entregues nesta quarta

Ocorre a partir desta quarta-feira, 28, a solenidade de entrega dos primeiros remédios contra hepatite C, no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Hospital das Clínicas de Rio Branco. Participam da cerimônia o governador Tião Viana, o secretário de Saúde, Armando Melo, médicos e pacientes.

Segundo a gerente do SAE, Edna Gonçalves, nesta primeira etapa de entrega serão beneficiados 260 pacientes. “Esses medicamentos tem uma taxa de resposta acima de 90%, eles realmente funcionam. Antigamente, a taxa de resposta era de 50%, 60%”, explicou.

Outro diferencial dos novos remédios, o sofosbuvir e daclatasvir é que eles são consumidos por via oral. Esses medicamentos garantem mais qualidade de vida e conforto, além de aumentar a chance de cura em 90%, diminuindo assim o tempo de tratamento. Outra vantagem é a diminuição do tempo de terapia, de 48 semanas para 12 semanas.

“O paciente tem que fazer alguns exames, se ele começar agora o tratamento completo já está garantido, não vai faltar”, disse a gerente. Os remédios poderão ser usados por pacientes que acabaram de receber o diagnóstico de hepatite C, e também por pessoas que já completaram o tratamento atual, mas não ficaram curadas.

A gerente destaca que esses medicamentos são de uso exclusivo do Sistema Público de Saúde (SUS). “Esses remédios não estão à venda, apenas o Ministério da Saúde que distribui.”

Por fim, Gonçalves diz que as novas medicações vão beneficiar também pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente como os portadores de coinfecção com HIV, cirrose descompensada, pré e pós- transplante. A meta é aumentar a assistência às hepatites virais, diminuindo as restrições estabelecidas pelo tratamento anterior.

Hepatite C

O SUS garante o acesso aos medicamentos de combate à doença para todos os pacientes diagnosticados e com indicação de tratamento medicamentoso. Vale ressaltar, que nem todas as pessoas que contraíram o vírus precisam ser medicadas, sendo uma recomendação estabelecida por protocolo e avaliação médica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de três mil mortes foram registradas. A doença é responsável de 31% a 50% dos transplantes realizados em adultos no Brasil. Até o ano de 1993, a hepatite C, assim como a hepatite B, é uma doença de poucos sintomas. Uma das formas de transmissão é o compartilhamento de objetos de uso pessoal, por exemplo, alicates de unha.

 

A Gazeta do Acre: