Alguns mais, outros menos e cada um a seu modo, os brasileiros vão sim comemorar a virada do ano, na esperança de dias melhores para o ano que vem, a despeito da propalada crise econômica e política.
A julgar pelas previsões de analistas mais isentos e honestos, os primeiros meses de 2016 ainda serão marcados por indicadores econômicos negativos, mas na medida em que se resolver a crise política, a tendência é que a crise econômica será superada, gradativamente.
Na verdade, segundo esses mesmos analistas, a crise é mais política do que econômica, provocada por partidos e seus dirigentes que não se conformaram com os resultados das urnas das últimas eleições e apostaram todas as fichas na ruptura da ordem institucional com o impeachment da presidente.
A partir do momento, porém, em que o STF (Supremo Tribunal Federal) interveio e derrubou as manobras que vinham sendo urdidas pelo presidente da Câmara, e, ao mesmo tempo em que se revelaram as falcatruas desse mesmo presidente, o processo ou o “golpe” foi frustrado e a própria sociedade não foi às ruas como esperavam.
Com efeito, o que a sociedade quer e exige é que tanto o Governo quanto a classe política assumam seus erros e suas responsabilidades para a retomada do crescimento econômico e a normalidade institucional.