Desta vez, nem foi preciso o suspeito ou acusado vir a público para esclarecer, contestar ou se indignar. No caso, o governador Tião Viana.
A própria Procuradoria Geral da República se encarregou de, em menos de 24 horas, julgar “exagerada” a ação de um delegado da Polícia Federal, que pediu a prorrogação de uma investigação sobre o governador sobre suposto favorecimento concedido por um laboratório, que está sendo investigado pela operação Lava Jato.
Ou seja, mais uma vez se confirma o que renomados juristas e até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vem alertando e denunciando de que, neste país, nos últimos tempos, se está desrespeitando e afrontando o princípio básico da presunção da inocência e outros direitos fundamentais da pessoa humana.
E esses mesmos juristas alertam também que, por conta de alguns maus profissionais da Polícia Federal, do Ministério Público e do próprio Poder Judiciário, a Operação Lava Jato, que está fazendo sim um bom trabalho de combate à corrupção, poderá se esvaziar e cair no descrédito.
Na verdade, como também já se denunciou, esses maus profissionais têm outro objetivo: criar um clima de instabilidade para favorecer e forçar a ruptura da ordem institucional ou “golpe”, como querem alguns partidos e segmentos políticos.