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Guerra contra o Aedes: qual é o seu papel nessa luta?

Agentes de endemias precisam de portões abertos para combater o Aedes aegypti


“As desculpas são, geralmente, que o proprietário está muito ocupado, de saída para o trabalho ou simplesmente nos dizem que naquele quintal não há dengue. Com essa  resposta eles

já fecham as portas.”

Em 2009, Rio Branco enfrentava uma epidemia de dengue assustadora. Quando a população finalmente acordou para a situação e o risco causado pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, algumas vítimas já haviam morrido. Foi nesse cenário que Clícia de Lima Medeiros, 31, iniciou seu trabalho como agente de endemias do município.
Quando recorda o período, tudo ainda passa como um filme em sua cabeça. Até os dias de hoje, ela sente o peso das marcas que ficaram após uma epidemia tão forte quanto a daquele ano. “2009 e 2010 foram anos difíceis em que perdemos até pessoas por conta da dengue. De 2011 para cá, a gente tem visto um trabalho tão eficiente quanto na época, porém, agora a gente sente que está surtindo efeito. Nesses bairros, a gente visita pessoas que lamentam até hoje terem perdido um parente, um filho, um irmão. A gente vê a tristeza dessas pessoas. Às vezes, elas chegam até a apelar que o vizinho do lado cuide melhor do seu quintal. Porém, algumas pessoas levam isso a sério, outras não”.

O trabalho de Clícia começa ainda pela manhã e só termina no final da tarde. Ela e os demais 150 agentes de endemias estão distribuídos por bairros. Por dia, sua missão é passar por, no mínimo, 25 residências para orientar, eliminar os focos e tratas os reservatórios com água parada que não podem ser destruídos.

Apesar de Rio Branco ter vivido vários momentos de risco em relação ao Aedes aegypti, hoje em dia ainda existem muitas barreiras que impedem o município de se livrar de vez do fantasma da epidemia. Um deles é a questão da mudança de comportamento, ou melhor, a falta dela.
“Existem, inclusive, pessoas que já contraíram a dengue, mas que ignoram os cuidados a se ter para combater a doença. Teve um senhor que até brincou com a situação. Ele disse que teve dengue e se curou com cerveja. Dengue é coisa séria. Se não cuidar, ela mata”.

Na época da primeira epidemia de dengue vivida por Clícia enquanto agente de endemias, em 2009, ela relata ter se deparado com muitas pessoas doentes que preferiam se tratar em casa, por meio da ingestão de chá. Essa medida, no entanto, é muito arriscada, frisa ela. Não procurar um diagnóstico certo com o médico em uma unidade de saúde e, assim, iniciar o tratamento adequado, chegou a levar pessoas à morte, naquela época.

O problema que lá atrás já parecia grande se tornou ainda mais complicado. Atualmente, os acreanos precisam lidar com um inimigo reforçado. “Hoje, a população está saturada de informações. Elas sabem que é para evitar água parada, manter as caixas sempre limpas e tal. No entanto, no decorrer desses anos surgiram novos vírus como a zika e a chikungunya. Isso tem deixado as pessoas abaladas sem saber o que fazer”, aponta Clícia.

Os números não são muito animadores. A cada novo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, percebe-se um aumento nos número de casos suspeitos do zika vírus, por exemplo. Por isso, Clícia reforça a importância do seu trabalho nessa luta contra o mosquito transmissor.

Desafios

No caminho, muitas dificuldades surgem tornando a rotina da agente um verdadeiro campo minado.

O primeiro obstáculo é não ser atendida nas casas. “Alguns se mostram saber de tudo ou que estão desacreditados do nosso trabalho. As desculpas são, geralmente, que o proprietário está muito ocupado, de saída para o trabalho ou simplesmente nos dizem que naquele quintal não há dengue. Com essa resposta eles já fecham as portas. Eu sempre repito isso, que nós somos formadores de opinião, pois levamos informação e qualidade de vida às pessoas”.
A segunda dificuldade é se deparar com portões fechados. É comum o agente passar por casas em que o proprietário não estava presente para receber a visita. Porém, os casos mais preocupantes são os de imóveis abandonados.

Há quem construa muros altos, coloque portões fortes trancados com cadeados grossos. Depois se mudam e deixam o local praticamente esquecido. Esses, possivelmente, estão seguros da ação de criminosos. Contudo, o mosquito Aedes aegypti pode aproveitar os resíduos de água parada como daquele vaso que ficou esquecido, ou daquele lixo que algum morador jogou lá, e botar seus ovos. Em poucos dias, as larvas se tornaram um perigo real a transmitir doenças.

“Nesse momento eu me sinto impotente. Eu não tenho acesso a essa casa e sei que o vizinho dele será penalizado, posteriormente a rua, o bairro, a população será penalizada, porque simplesmente alguém não pode estar em casa no momento em que a gente passou ou que abandou o lugar e não mora mais ali. Não podemos entrar sem o consentimento do dono”, lamenta.
O trabalho do agente de endemias é feito em ciclos. A cada dois meses ele retorna a realizar as visitas desde as primeiras casas. Ainda assim, mesmo com todo o trabalho de conscientização da prefeitura e das notícias na mídia, ainda existem pessoas que não confiam no trabalho realizado por esses profissionais. E um fator que contribui para essa desconfiança do morador são as falsas notícias espalhadas, principalmente, pelo WhatsApp.

Quem nunca recebeu uma mensagem pelo aplicativo alertando a população sobre o roubo de camisas por criminosos para vesti-las e se passarem por agentes de endemias a fim de roubar as residências? O mesmo texto já circulou por todo o país. O boato passa, mas as consequências são gigantescas.
Clícia já se deparou com muitas empregadas domésticas impedidas de receber a visita dela e de outros agentes em cumprimento às ordens do dono do local. A orientação é não abrir a porta para ninguém. O problema de agir assim é que o agente fica de fora, mas o mosquito entra e pode fazer daquele local um criadouro das larvas.

Por isso, os agentes são divididos por bairros e visitam sempre as mesmas propriedades, para que a população se familiarize.

Equívocos comuns

Alguns mitos, segundo a agente de endemias, precisam ser quebrados. E ela cita um erro muito comum entre os moradores que é achar que o mosquito só procura água limpa. Tecnicamente, isso está um pouco equivocado. Afinal, o que para as pessoas pode parecer água suja, para o mosquito talvez seja um lugar perfeito.

Tem piscina em casa? Com que frequência você limpa? Uma vez por mês? Para Clícia Medeiros isso ainda não é o suficiente.

De acordo com a agente de endemias, o correto é fazer a limpeza da piscina a cada 15 dias, no máximo. Contudo, algumas pessoas o fazem apenas uma vez por mês com a justificativa que não a usam muito. Ato extremamente errado. Afinal, a piscina é um grande reservatório de água parada, que pode sim se tornar um local propício para o mosquito se espalhar.

Uma situação curiosa e bastante comum no dia a dia de Clícia é encontrar vasos sanitários jogados no quintal. Isso mesmo. Vasos sanitários ao relento. Quando o morador não quer mais o objeto, acaba o deixando fora de casa exposto à chuva e, consequentemente, acumulando água parada.

Clícia destaca que as caixas d’água em solo ainda são o principal motivo de preocupação. Às vezes, a dona de casa mantém o objeto destampado durante o dia e coberto à noite, sendo que o Aedes aegypti é diurno. Além disso, ela diz já ter encontrado muitas das tampas de caixa doadas pela prefeitura utilizadas para outros fins. Até casinha de cachorro a tampa vira.
A orientação da agente é que a caixa d’água destampada em solo seja lavada duas vezes por semana para evitar o desenvolvimento da larva.

Para quem vai viajar, a dica é simples: eliminar qualquer chance do mosquito se proliferar. Evitar água parada e pedir para que alguém de confiança vistorie com frequência a casa é uma saída.

Agentes de endemias orientam a limpar caixas d’água em solo duas vezes por semana

Moradores confundem ações da prefeitura e facilitam a proliferação do Aedes aegypti

Nos bairros, moradores colocam todo o tipo de entulho e até objetos como geladeiras, fogão, caixa d’água, colchão e máquina de lavar roupa nas calçadas

“Fiquei sabendo que o arrastão de combate ao mosquito Aedes aegypti ia passar pelo bairro, então resolvi limpar o quintal, colocar tudo o que não tem utilidade dentro de casa na calçada para eles levarem embora”, falou a dona de casa Rosária da Silva, moradora do bairro Vitória.

O problema é que o arrastão mencionado por Rosária trata-se apenas da inspeção nos quintais, em busca de vasilhas e objetos que possam acumular água, que serve de criadouro para o mosquito e aplicação de larvicidas em caixas d’água em nível de solo, além das orientações aos moradores quanto às formas de evitar a doença e os sintomas da dengue, febre chikungunya e zika vírus.
No caso de Rosária, pode ser que leve algum tempo até a chegada de outra ação da prefeitura que recolhe os entulhos. Nesse intervalo, o mosquito transmissor das três doenças mais temidas dos últimos anos pode se proliferar justamente nos entulhos que acumulam água na frente da casa dela.

Em outros casos, os entulhos se acumulam nos terrenos baldios ou em canteiros de obras. Esse engano tem sido comum por parte dos moradores que recebem qualquer uma dessas ações distintas, realizadas pelo poder público.

Com a ajuda dos arrastões, nos bairros já foram vistoriadas 41.281 casas em 58 bairros de Rio Branco desde o final do ano passado.

Na ocasião, as orientações são realizadas pelos agentes de endemias, agentes comunitários de saúde, homens do Exército – 4º BIS e 7º BEC, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Municipal e Estadual.
No próximo dia 5 de fevereiro, a equipe fará um arrastão na sede do Sétimo Batalhão de Engenharia e Construção – 7º BEC e nas vilas militares. A definição dos bairros que irão receber os arrastões são com base nos dados no Levantamento Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) feito pela Secretaria Municipal de Saúde.

Já o professor João Gomes, morador do bairro Esperança, aproveitou a passagem dos serviços de desobstrução, catação, roço, drenagem, e retirada de entulho manual e mecanizada realizado pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), para retirar todo o entulho do quintal.

Durante o recolhimento dos entulhos, são encontrados de tudo, aponta os trabalhadores. Carcaças de televisão, microondas, geladeiras, fogões, pára-choque de carros e galhos de árvores.
E todo esse material pode acumular água parada, e estando limpa ou não se torna um potencial criadouro do mosquito Aedes aegypti. Ao todo, desde o dia 4 de janeiro até a última sexta-feira, 29, foram retiradas das ruas 3.063 toneladas de entulho.

Qual sua responsabilidade sobre o lixo que você produz?

Moradores aproveitam a Ação de Inverno para se livrar de objetos velhos e restos de árvores, mas o destino de alguns materiais não é responsabilidade da prefeitura

Separar e descartar corretamente o lixo deveria ser ações frequentes na rotina da população. No entanto, existem várias pessoas que insistem no péssimo hábito de jogar lixo nas ruas, praças, rios e etc. Mas, qual sua responsabilidade no lixo que você produz?

A responsabilidade dos resíduos sólidos é de quem produz. Tanto para as empresas que produzem, como quem consome. Em Rio Branco, a prefeitura é responsável pela coleta do lixo doméstico, aquele gerado em residências por atividades familiares, por exemplo, resto de comida, resíduos sanitários, plástico, vidro, entre outros.
Nos últimos meses, a ação de limpeza realizada para combater a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, tem feito com que a população descarte todo tipo de lixo e entulho nas ruas, onde a operação de limpeza vai atuar.

Acontece que a comunidade da Capital está confundindo a Ação de Inverno realizada pela prefeitura todos os anos e a ação de limpeza de combate ao mosquito. Ambas tem a mesma finalidade, porém a ação de combate ao mosquito é realizada nos bairros com maiores focos do inseto.

“Nós ainda não lançamos a Ação de Inverno. Estão achando que nós vamos chegar a todos os bairros ao mesmo tempo. Nós não temos capacidade operacional para isso. Estamos pedindo apoio neste momento, para que possamos fazer o mais coordenado possível. A população tem que aguardar até a equipe chegar ao seu bairro para fazer o descarte”, explicou o secretário de Serviços Urbanos, Kellyton Carvalho.

A consequência gerada pela desinformação dos moradores vem gerando montanhas de entulhos pelas ruas da Capital, e, consequentemente, mais criadouros do mosquito. “Estamos observando que os bairros que nós não vamos chegar agora já estão jogando entulhos, e são bairros que nós vamos demorar para chegar ainda. O problema maior é na saúde, pois estamos gerando focos do mosquito no lugar de combater, pois não vamos chegar nesses locais agora”, completou o secretário.

Carvalho destaca que, nesse momento o corte desnecessário de árvores gera demora no serviço de limpeza e atrasa a chegada do mutirão em outros bairros. Por isso, o secretário faz um apelo à população.

“Pedimos a colaboração nesse momento. A poda e derrubada de árvores não é foco de combate à dengue. Uma árvore não atrapalha esse momento de combate ao mosquito. Isso atrapalha, pois gera um volume muito grande e no transporte perdemos muito tempo. Poderíamos estar levando resíduos que realmente têm potencial criadouro do mosquito, mas ao invés disso estamos levando galhadas”, desabafou.

O que é entulho e onde descartá-lo?

Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) é considerado entulho todo material resultante da construção civil e reformas, por exemplo, madeiras, tijolos, cimento, rebocos, metais, entre outros. Você sabia que a Prefeitura oferece o serviço de limpeza de entulho a baixo custo?
De acordo com Kellyton, as pessoas que tem pressa em retirar o entulho da residência devem entrar em contato com a Semsur, através do telefone 3225-5513. O valor cobrado pelo serviço varia de acordo com a quantidade de lixo, porém o valor mínimo cobrado é de R$ 56.
“Nós temos um serviço di-ferenciado que é pago. Porque a cada coleta dessa, nós temos um custo de combustível, maquinário, caçamba. E esse custo é reduzido. Em relação aos serviços particulares nosso custo é muito baixo. Nós temos uma equipe específica para esse serviço”, afirmou o secretário.

Rio Branco está em risco de epidemia do Aedes

Rio Branco vive o risco de enfrentar uma nova epidemia do Aedes aegypti, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica do Município, Socorro Martins. A realidade preocupante levou a prefeitura a unir forças com o Governo do Estado para combater o mosquito e as doenças transmitidas por ele.

O cenário parece com o de guerra, mas é a reação do município e do Estado para evitar que mais pessoas sejam atingidas pelas doenças.

O desafio, segundo Socorro Martins, é grande, já que a Capital possui 173.219 imóveis. “Isso sem contar as casas erguidas em invasões. Nossa missão é visitar todas elas”, declara.
A diretora afirma que, apesar do risco eminente de epidemia, Rio Branco está preparado com um Plano de Intensificação da Dengue, que já está em prática. Além dos 150 agentes de ende-mias, foram acrescentados ao trabalho de visitação nas casas 30 homens do Exército Brasileiro e 15 bombeiros. Eles foram treinados e hoje compõem a equipe.

De acordo com a prefeitura de Rio Branco, o 3º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 2015 apontou que 72,3% dos focos do mosquito foram encontrados em caixas d’água a nível de solo. E em segundo lugar estão os pequenos depósitos móveis (tampinhas, vasos de plantas…) com 14,7%. Os lixos domésticos obtêm 5,5% dos focos.
Além disso, Socorro destaca o trabalho realizado com as grávidas da cidade, que recebem visitas para serem orientadas sobre o zika vírus, que tem causado a microcefalia em vários recém-nascidos pelo país.

Lixo doméstico, caixas destampadas e entulhos nos quintais de Rio Branco atraem o mosquito Aedes aegypti e colocam a população em risco

Bujari pode estar correndo grande risco de infestação

Moradores do Bujari decidiram chamar a atenção do poder público na manhã de sexta-feira, 29, para o abandono de áreas de lazer e que estão servindo para procriação da larva do Aedes aegypti. O ginásio esportivo do município há muito tempo não passa por uma manutenção, servindo de habitat para animais e doenças.

Por meio da rede social, com o nome ‘Bujari Real’, moradores denunciam o descaso. “Nós publicamos nesse perfil o abandono em que se encontra a cidade. Construíram um ginásio com piscina olímpica, mas não fazem manutenção. O local está servindo de abrigo para animais e criadouro da dengue. A única coisa que fizeram foi retirar garrafas plásticas que jogaram dentro”, afirmou o morador Jonas Veras.

Na frente do ginásio, há veículos que deveriam servir para o combate à doença e atendimento aos moradores da zona rural. No local, um agente epidemiológico (que não quis se identificar) relatou que não sabe como está a situação da doença por falta de recursos na Saúde.

“É impossível saber a que nível se encontra a dengue no Bujari, pois não investem no levantamento e atendimento. Temos dois carros sem uso, compraram quatro motos e que não tem dinheiro para o combustível. E, o principal, não investem na área humana”, relatou o agente.

O prefeito Tonheiro foi procurado para prestar esclarecimentos. No entanto, a chefia de gabinete informou que ele estava em agenda visitando comunidades no Bujari. Até o fechamento desta edição, não houve resposta.

Piscina em ginásio esportivo virou criadouro do Aedes
Carros da Vigilância em Saúde parecem abandonados

Já podem existir pessoas com o zika vírus no Acre, afirma diretora epidemiológica

Socorro Martins pede a conscientização da população para enfrentar o problema

No último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, de 10 a 16 de janeiro, foram notificados 510 casos suspeitos de dengue no Estado. Destes, apenas três foram confirmados, representando 1% do total de notificações, 72 descartados (14%) e 435 ainda estão sendo investigados (85%).

Ainda de acordo com o boletim, até o momento, foram notificados 88 casos suspeitos de chikungunya e 97 de zika vírus.

O Estado aguarda os resultados das amostras enviadas para análise no laboratório de referência, Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.
Socorro Martins acredita que, apesar de nenhum caso ainda ter sido confirmado oficialmente, existe sim pessoas com a zika no Acre. “É possível que tenham aqui pessoas com zika. Tem muita gente viajando para o Nordesde, onde há um número elevado de casos da doença, e voltando para cá. Pode estar circulando aqui. Os exames só vão chegar em 30, 45 dias, eles falaram. O Instituto não pega apenas os casos suspeitos daqui, mas sim de toda a região Norte e também de parte do Nordeste. Temos também alguns suspeitos de chinkungunya, além da zika, mas não foram confirmados”.

Para evitar que o problema se torne ainda maior, a diretora pede a conscientização da população para não deixar acumular água parada em casa e no trabalho.
Quanto às residências abandonadas, ela destaca o serviço em parceria com o Ministério Público. Com a devida autorização, os agentes poderão jogar o larvicida onde há água parada. Contudo, essa burocratização torna todo o processo mais lento.

Além disso, as imobiliárias também foram orientadas a vistoriar as casas desocupadas. “São muitas as ações, mas a principal delas começa por você cuidando do seu quintal”.

A Gazeta do Acre: