O caso das jovens em Cruzeiro do Sul parou o Acre nessa semana. Em uma crise doentia de ciúmes, uma delas, Itamila de Souza, 18 anos, teria atirado na cabeça de Hanna Júlia Oliveira e, depois, se matado com um tiro na cabeça. Hanna sobreviveu no dia, só que ontem ela não resistiu. Morreu no Hospital do Juruá, após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Para tomar uma atitude tão extrema, supostamente movida por um sentimento tão mesquinho como o ciúme, Itamila certamente devia ser uma pessoa que sofria muito. Tinha um vazio e projetou em cima da outra jovem, Hanna, muitas expectativas, impossíveis de se cumprir.
Mas a condição psicológica da jovem Itamila não vem ao caso agora. E que a sociedade precisa aprender dessa tragédia passiva é algo sobre ociosidade e valores. Quais são os dos jovens?
A tecnologia facilitou demais a vida de todo mundo. Internet, então, nem se fala. Mas qual é o efeito disso na geração atual? O que fazer com o tempo de sobra? Os jovens precisam descobrir que o mundo é maior do que seus celulares e seus dramas pessoais. Precisam fortalecer em si os valores que o afastam de condições como as de Itamila.
E o papel dos pais, da família, da escola, dos amigos e da sociedade e guiá-los nesse caminho.
