Para aumentar a participação de pessoas na faixa etária de 16 e 18 anos incompletos, o Tribunal Superior Eleitoral promoveu a Semana do Jovem Eleitor. Em cinco dias de campanha, mais de 212 mil jovens fizeram o título. No Acre, no entanto, a iniciativa surtiu pouco efeito. Apenas 1.470 jovens solicitaram o documento. Dos 27 estados, os acreanos ficaram à frente apenas Roraima, que registrou 1.325.
O momento político, com mais um processo de impeachment em andamento, somado ao acúmulo de desgovernos e desmandos liderados pela classe política – e também da iniciativa privada –, aumenta o descrédito com a classe política. Generalizar, com base numa análise rasa e de senso comum, e colocar todos os políticos no “mesmo balaio” soa injusto e desesperançoso.
Mesmo que as notícias deprimentes que evocam do Palácio do Planalto atinjam a nossa autoestima e a motivação para acreditar na política, é hora de aumentar a politização brasileira. Para melhorar a política, apenas com mais política. Nesta hora turbulenta e perigosa que o Brasil atravessa, a participação da sociedade na discussão de temas vitais provoca amadurecimento democrático e administrativo.
Romper com os paradigmas que afastam os adolescentes da política é de crucial importância para a democracia. Quanto mais cedo o jovem se preocupar com seu papel na sociedade, seja por meio do voto, da participação em grupos de debate, da presença nos movimentos sociais, teremos adultos mais conscientes da sua responsabilidade. Virar as costas para a política, criticar tudo e todos, mas sem apresentar uma possibilidade de melhora, serve apenas para os políticos profissionais, acostumados com o jogo de xadrez da eleição.