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Jovens do século XXI: geração sem livros e sem leituras

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
11/05/2016 - 15:52
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O mundo deste século XXI é jovem e cheio de oportunidades, mas povoado por uma juventude sem sonhos. Segundo a ONU, mais de um bilhão de jovens, na faixa-etária de 14 a 20 anos, estão desinteressados nas oportunidades econômicas e políticas que lhes são oferecidas. Os jovens deste século XXI estão muito desprovidos de conhecimentos e atitudes. Eles estão envolvidos nessa “bola de neve” chamada globalização.

Nessa era da globalização os jovens estão apáticos à realidade da vida, são dependentes dos pais e desconhecem o que seja esquerda ou direita. Confundem ciências políticas com políticas partidárias. Nesse cenário, indaga-se como será, amanhã, o planeta de hoje, nas mãos dessas pessoas que apenas sabem lidar com seus iPhones, iPads, iQualquerCoisa? São incapazes, sozinhos, nesse meio de inteligência artificial, de olhar a realidade e dela participar de debates políticos, acadêmicos, econômicos, sociais, educacionais. Estão ligados, apenas, ao consumismo oferecido pelo dinheiro e conivência de seus pais, em detrimento de construções sólidas para seu futuro profissional. Enfim, uma geração sem livros e sem leituras.

No Brasil, temos corrupção para todos os lados. E os jovens, embora digam o contrário, para mim, não têm ideologia. Assim, não têm bagagem cultural e política. Seus pais não debatem esses assuntos com eles. Muitos chamam seus papais e mamães para questionar qualquer problema em suas universidades, porque eles sozinhos são incapazes. Muitos desses jovens nunca participaram de uma reunião de bairro, de partido político, de centro acadêmico, de nada. Suas turmas não escolhem nem representante de turma. Muitos são contrários ao bolsa família, porque seus pais não são beneficiários do programa. Mas acham certo o Terceiro Setor fazer assistencialismo.

De outra parte, pesquisas apontam que o universo vocabular dos estudantes, mesmo em nível universitário, é pobre. Reduz-se a algumas centenas de palavras. Tão fortes parecem ser os apelos do mundo, em suas mensagens audiovisuais, que o jovem absorve informações passivamente, de modo vago e incompleto. Na escola e fora dela mostram-lhe sobre o que pensar, mas não o estimulam a pensar. Acossado por uma gigantesca massa de informações, e incapaz de discernir o que é legítimo, o jovem tende, em geral, à indiferença, ao alheamento.

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A realidade brasileira lhe escapa, os acontecimentos do mundo não o instiga a um esforço mínimo de interpretação. Ele será um ser moderno à medida que repete, por mímica, os conceitos em moda. Deixa de ser moderno, porém, no sentido de pessoa bem informada, com a capacidade de se exprimir bem e de formular ideias. Na sua carência de expressão e percepção, o jovem transforma-se em mero repetidor do que mal ouve e do que mal vê de relance.

Eu penso que o capitalismo fez esses jovens acreditarem que serão felizes se puxarem o tapete de seu semelhante. Que apenas serão felizes sendo chamados cidadãos. Que podem comprar tudo com o dinheiro dos pais e não conquistar o futuro, a própria felicidade. Por isso cada vez mais nos deparamos com jovens desa-justados, sem interesse pela vida, por bens, valores materiais e morais. Encontramos jovens mais preocupados com a beleza, com a imagem do que com o conteúdo. Seus pais querem que eles sejam empreendedores e não pessoas boas. Mas eles não querem empreender e sim viver em casa assistindo TV e jogando vídeo game, conversando no WhatsApp, Facebook e outros mídias. É a geração iPhone, iPad, iSemdinheiro.

Os valores estão perdidos. Em casa eles escutam os pais chamarem os políticos de ladrões, mas os vêm pagando propina para os policiais não aplicarem uma multa de trânsito. Seus pais chamam o prefeito, o governador ou o presidente de mentirosos, mas ensinam os filhos a mentir também, quando diminuem a idade para pagarem menos em shows, ônibus e cinema.

Também, os jovens de hoje são mais vulneráveis à insegurança e à irresponsabilidade, por isso envergonham os professores, comportam-se muito mal dentro e fora da escola, não obedecem aos pais, mentem, enganam, fazem muitas coisas erradas, além de passarem muitas horas dormindo. É preciso saber as causas desse comportamento que, maioria das vezes, conduz a juventude ao vício da bebida, fumo e outras drogas. A cultura, também, tem se distanciado cada vez mais do jovem, que não procura ler e permanecer informado e, sobretudo, não possui mais a capacidade de formular opiniões e de analisar fatos.

Pareço não acreditar na juventude? Pelo contrário! Continuo a ter esperanças de que ela possa ser melhor do que a geração de seus pais. Acredito que essa juventude possa sim sair da frente da TV, do Facebook, do Google e do Wikipédia, e possa ler mais livros, discutir mais política, saúde, educação, segurança. Igualmente, acredito que sozinhos eles não vão a lugar nenhum, exceto se houver uma boa política educacional e o bom exemplo de bem viver comece nos poderes da República e alcance os lares brasileiros. É preciso pensar o Brasil do amanhã!

DICAS DE GRAMÁTICA
AO ENCONTRO DE ou DE ENCONTRO A?
– AO ENCONTRO DE – utilizado em uma situação favorável, como na frase “Sua oferta vai ao encontro de minhas expectativas. Aceito!”
– DE ENCONTRO A indica uma situação de oposição, como no exemplo “Seus interesses vão de encontro aos meus. Não dá certo!”

*Luísa Galvão Lessa Karlberg IWA– É  Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Mestra em Língua Portuguesa pela Universidade Federal Fluminense – UFF; Membro da Academia Brasileira de Filologia; Membro da Academia Acreana de Letras; Membro perene da International Writers end Artists Association – IWA; Coordenadora da Pós-Graduação em Língua Portuguesa – Campus Floresta; Pesquisadora DCR do CNPq. 

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