Quem esperava soluções rápidas, objetivas para, pelo menos, contornar a crise econômica e política que castiga há dois anos, deve ter se decepcionado com as entrevistas do presidente interino Michel Temer e do novo ministro da Fazenda, Henrique Meireles, exibidas domingo pelo Fantástico da Rede Globo de Televisão.
Apesar do cenário montado pela emissora, tanto o presidente quanto o ministro limitaram-se a dar respostas vagas às perguntas ensaiadas, previamente, pelos repórteres, sobre questões como a retomada do crescimento econômico, o desemprego, mudanças nas regras da aposentadoria e outros problemas.
O que os articulares e executores do processo do impeachment parecem que não entenderam ou se fazem de desentendidos é que a sociedade tem pressa, quer respostas imediatas, concretas e honestas para resolver a crise que eles mesmos contribuíram em agravá-la com as manobras que engessaram o Congresso.
Além disso, o presidente interino e seus apoiadores devem ter se convencido também que boa parcela da sociedade continua e continuará reagindo ao impeachment e provaram do próprio veneno ao assistirem o “panelaço”, “apitaço”, “buzinaço” e outras manifestações durante as referidas entrevistas.
