Consumado o processo de impeachment, o presidente interino Michel Temer, em seu primeiro pronunciamento foi além do que se esperava, prometendo realizar um governo de “salvação nacional”.
Talvez, não precisasse tanto. O que a sociedade brasileira quer, exige e vai cobrar dele e dos que articularam e o apoiaram nesse processo traumático, doloroso, é que resolvam o mais breve possível a grave crise econômica e política que tem custado a perda de milhares, milhões de postos de trabalho com todas as consequências que isso representa para as camadas mais pobres da população.
Uma crise, aliás, pela qual eles também são responsáveis, enquanto nesses últimos dois anos travaram, até mesmo boicotaram, de todos os modos, no Congresso Nacional, a apreciação e aprovação de medidas que visavam a retomada do crescimento econômico. Agora, com a tomada do poder, não terão desculpas.
Em seu pronunciamento, o presidente interino também se comprometeu a não interromper ou acabar com programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família, o Pronatec e outros, reconhecendo que são bons programas.
Com efeito, é de todo conveniente que os mantenha, porque além da questão social, esses programas têm sido importantes também para a própria economia do país.
