Para piorar ainda mais a imagem do Brasil no exterior, onde a imprensa internacional já está qualificando o “país da galhofa” ou “República das bananas”, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, anulou sua própria decisão que havia exarado no dia anterior, tornando nula a votação do impeachment da presidente naquela Casa.
Na verdade, a decisão do deputado já perdera seu efeito com a deliberação do presidente do Senado, Renan Calheiros, de ignorá-la e prosseguir com o processo do impeachment, o que deve acontecer hoje, culminando com o afastamento da presidente pelos 180 dias previstos na Constituição.
O que acontecerá nos próximos meses, a rigor, ninguém se arrisca a prever com segurança. A julgar pelos políticos que o cercam, alguns inclusive com contas a acertar na Justiça, analistas políticos estão sendo bastante reticentes sobre como será o Governo do presidente que assume, Michel Temer.
Além disso, há que se avaliar a reação da sociedade organizada sobre as medidas que estão sendo anunciadas, se terão ou não em curto espaço de tempo o condão de, senão resolver, pelo menos, contornar, a grave crise econômica e política. Uma coisa é certa: não se rompe com a ordem institucional de um país, impunemente.
