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Homossexualidade: O terceiro sexo!

Antes de proferir uma conclusão, óbvia, sobre apenas um item da relação homossexual, vou enredar o leitor, com algumas ilações muito antigas sobre a possibilidade da existência do “terceiro sexo.”

Para discorrer sobre tal tema acudo-me inicialmente da pesquisa de alguns homens de ciência dos séculos idos, obviamente citados por autores contemporâneos. Houve uma época, diz Jan Bremmer, não muito remota, em que o homossexualismo era normalmente chamado de “amor grego” ou “amor socrático”. Tais expressões implicavam que o homossexualismo moderno ocorria já entre os antigos gregos. Mas seria este realmente o caso? As palavras “homossexualismo” e “amor lésbico” não antecedem a segunda metade do século XIX. Além do mais, foi apenas nesse período que as profissões médicas começaram a considerar o homossexualismo como uma perversão cujo estudo pertencia ao campo da psicopatologia. Mas havia alguns dentre a classe médica que viam nos homossexuais uma nova raça, um terceiro sexo entre homens e mulheres. Concebiam a sexualidade como uma atração entre pólos opostos (homem e mulher) e, conseqüentemente, se um homem se sentia atraído por outro homem, devia ser segundo eles, uma mulher. É verdade que alguns cientistas, em especial no campo da medicina, enfatizavam as qualidades femininas dos pederastas, chamando-os de “hermafroditas mentais”. Hermafrodita é uma pessoa (Peter Stratton) que possui características sexuais primárias de ambos os sexos, ao mesmo tempo. Os verdadeiros hermafroditos apresentam gônadas (glândulas sexuais), uma das quais se desenvolveu como um óvulo e a outra como testículo.

Pergunta-se: Se de fato há um “terceiro sexo”, então reverter essa aversão ao homossexualismo é possível? Em muitos, se não na maioria dos casos, pode ser uma tarefa quase impossível? Se o “terceiro sexo” existe, pois, porque há por trás dele algum tipo de julgamento (divino) da parte da Igreja? Será que, em longo prazo, o problema pode ser anulado por meios espirituais? – Sabemos de casos isolados de homossexuais e travestis que através duma experiência pessoal de conversão espiritual, deixaram à prática do homossexualismo em definitivo.

Se o estado do “terceiro sexo” existe por causa de alguma anomalia física ou fisiológica, ou por acidente, então talvez a ciência algum dia possa reverter isso, especialmente se for passado pela genética de pai a filho? Se alguns homossexuais são assim por causa de condicionamento social, então essa prática pode ser solucionada pela psicoterapia?

Estas e outras perguntas pertinentes ao assunto ressoam por gerações aos nossos ouvidos, sem que se tenha uma solução para o tema. Nem a ciência, nem a religião têm obtido êxito, com suas “teses” inteligentes e eficazes, no desvendar dos caminhos que levam ao homossexualismo.

Entretanto, estudos atuais indicam que existe de fato um terceiro sexo, ou “sexo neutro”. Homens e mulheres que nascem homossexuais. Esses são justificados, perante as legislações de seus países. Da mesma forma são, também, desculpados ante a igreja cristã e outras religiões radicalmente contra a atividade homossexual, por seus atos assumidos publicamente, pois, não mantém relações sexuais como pessoas do mesmo sexo, por pura opção e devassidão.

De igual modo, temos que isentar o homossexualismo forçado, fruto do tal “código de honra” nos cárceres públicos. Os encarcerados confinados por longos períodos, incapazes de qualquer contato heterossexual, algumas vezes voltam-se para o homossexualismo ou para o lesbianismo, em busca de satisfação sexual. Esses são vítimas de um sistema penal injusto e obsoleto. Aqui, muito pode ser feito!

Penso que em relação ao contexto que diz respeito ao fenômeno homossexual, especialmente no tópico terceiro sexo, estamos, ainda, no campo da especulação, isto é continuamos no mundo dos prisioneiros da caverna (Platão).

Bem, no inicio deste artigo prometi, ao leitor, uma ilação. A conclusão é a seguinte: Se (condição hipotética) a partir de hoje, 18.06.2016, toda relação sexual fosse homossexual, bastariam 100 anos para a raça humana se extinguir. Afinal, uma das finalidades do casamento envolvendo o gênero macho e fêmea, é a preservação da raça humana. Nesse caso, o terceiro sexo não possui a gênese da procriação.

* Pesquisador Bibliográfico em Humanidades. E-mail: assisprof@yahoo.com.br

A Gazeta do Acre: