A Câmara do Tribunal de Justiça do Acre decidiu por unanimidade, mais uma vez, negar o pedido de Habeas Corpus feito pela defesa do policial federal Victor Campelo, acusado de atirar em uma boate e matar o acadêmico Rafael Frota. A decisão ocorreu nesta terça-feira, 9. Um outro HC foi negado em julho.
O advogado de defesa Wellington Silva acredita que o pedido foi negado porque a Justiça ainda não teria tido acesso às novas informações da conclusão do inquérito, que teriam sido entregues pela Polícia Civil na tarde de segunda-feira, 8.
“Foi juntado o termo de simulação da reconstituição dos fatos e os laudos periciais. Então, com base nas novas provas e novos elementos é que a defesa está postulando um novo pedido de liberdade”, esclareceu.
O advogado acredita que o resultado do novo pedido deve sair em até 10 dias e dessa vez deve ser aceito.
Atualmente, o acusado se encontra preso preventivamente na sede da Superintendência Federal. O policial federal foi preso logo após receber alta do hospital, onde se recuperava de um ferimento causado também por um disparo de pistola. Em juízo, o custodiado alegou legítima defesa, informando ter apenas se defendido das agressões sofridas.
A Polícia Federal prendeu duas pessoas em flagrante que estavam com a arma de fogo que tinha sido subtraída de Victor Fernandes após a confusão no interior da boate, apontou a nota encaminhada aos meios de comunicação.
A pistola foi recuperada com um carregador e oito munições, em julho. A Polícia Federal apresentou a pistola à Polícia Civil de Rio Branco para exames periciais no interesse do inquérito policial que apura as circunstâncias da morte de Rafael Frota.