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Nada a comemorar

A bem da verdade, não há o que comemorar com a cassação do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha, que se dava como certa ontem à noite.

Haveria o que comemorar se juntamente com ele fossem cassados e expurgados da vida política os 150 ou mais deputados que, segundo ele próprio, se gabava de comandar, de fornecer propinas e que o apoiaram até à ultima hora da cassação.

Nesse caso, sim, o país ficaria livre de uma corja de maus políticos que, sob o comando de um corrupto são responsáveis pela atual crise política e institucional, que tem custado caro à sociedade brasileira e jogado o país ao descrédito e ao escárnio das nações civilizadas, democráticas, como se pode aferir diariamente através dos maiores veículos de comunicação internacional.

Como também os menos avisados ou incautos não devem acreditar que, com a cassação, esse escroque, sua mulher e filha poderão ser presos pela decantada Operação Lava Jato. Até poderá ocorrer, mas será um faz-de-conta, já que ele foi peça importante para a ruptura institucional ou golpe. Ontem mesmo, ele se gabava não ter medo de ser preso.

Por todos esses fatos, como bem disse um juiz de São Paulo na semana passada, ao liberar da prisão alguns estudantes que protestavam, vivemos num “país triste”.

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