Mal acabou a greve dos bancários, que durou mais de mês, com sérios transtornos e prejuízos para a sociedade, ontem foi a vez dos servidores do Poder Judiciário cruzar os braços por “tempo indeterminado”, como anunciaram as lideranças da categoria.
Repetindo sempre que a greve é um direito dos trabalhadores, vale repetir também que quando se trata de serviços públicos essenciais, a sociedade também tem seus direitos e não pode ser penalizada. Neste caso, por exemplo, seria até uma situação surreal a sociedade ficar sem os serviços da Justiça por “tempo indeterminado”.
Daí, o apelo ao bom senso tanto por parte dos servidores, de suas lideranças, e das autoridades para que estejam abertos ao diálogo e às negociações, para chegarem a um entendimento o quanto antes. A radicalização não leva a lugar algum e só prejudica todas as partes.
A propósito, os servidores públicos, de modo geral, precisam estar atentos e acompanhar de perto a tramitação no Congresso Nacional da chamada PEC 241, proposta pelo novo Governo, que congela os gastos dos vários poderes por 20 anos. Se aprovada, as consequências serão duras para todos, como vem alertando alguns analistas.
