Em cerimônia ontem no Palácio do Planalto, o presidente da República, Michel Temer, ao se referir à convertida PEC 241, voltou a repetir que o Governo precisa “cortar na própria carne”, referindo-se ao corte de gastos que até agora ninguém viu.
Ao contrário, o que se tem assistido é a “farra” disso, “farra daquilo”, pelo menos no Congresso Nacional. Por coincidência ou não, enquanto o presidente discorria sobre esse corte de gastos, divulgava-se que uma reforma feita no gabinete do seu novo líder no Congresso, o senador Romero Jucá, custou mais de R$ 200 mil e assim, sucessivamente.
Na verdade, a controvertida ou famigerada PEC 241, como vem sendo denunciada diariamente pelos vários segmentos da sociedade, vai “cortar a carne” é da população mais pobre, com a redução dos recursos destinados à Saúde e Educação e não é sem motivo que milhares de estudantes estão ocupando escolas e universidades pelo país afora.
Depois de ter sido imposto pelo impeachment ou golpe parlamentar, o Governo não conseguiu melhorar praticamente nada e convencer até mesmo alguns setores que o apoiaram, como o empresariado que está relutando em investir para a retomada do crescimento econômico.