Muita comoção no Acre inteiro devido à morte do segundo sargento da PM, Paulo Maia de Andrade, 44 anos. O sepultamento foi realizado ontem, naquele clima pesado e triste da perda de mais uma vítima da falta de paciência e do descontrole humano.
Em acessos de fúrias, as pessoas perdem a noção do mal que podem causar a outras. O ódio toma conta e leva a atitudes e ações cujas conse-quências são irreversíveis. Essa é a ideia encampada por campanhas sensatas como as que incentivam as pessoas a contarem até 10 antes de fazerem alguma besteira.
O algoz da vítima, o subtenente Adelmo, certamente agora, em seu pleno juízo, se arrepende da atitude extrema tomada. E, antes de ser condenado como um monstro por toda a sociedade, ele merece o direito ao contraditório. Mas essa chance de se defender não o isenta das consequên-cias do seu ato. A vida de um policial de bem foi tirada de forma tola e, de certa forma, meio covarde. E isso não pode ficar impune.
Que a morte do sargento P. Andrade possa servir de exemplo para que todos, independente de vestir uma farda ou não, possam aprender que há atos que não podem ser desfeitos. A vida é preciosa. E quem tomá-la por algo banal vai ser o vilão de muitas outras tragédias.