Difícil falar em outra coisa que não seja essa tragédia que assolou todo o país, o mundo. Um desastre aéreo que entristeceu a todos, inclusive, à família Bestene, aqui do Acre, pela perda precoce do médico Márcio B. Koury, 44 anos; e a família do piloto Miguel Quiroga, 36 anos, que morava com esposa e duas filhas no município de Epitaciolândia.
Tanto Marcio, quanto Miguel tinham grandes sonhos. O primeiro queria ser médico da Seleção Brasileira, e estava trilhando seu caminho para isso. O segundo era apaixonado por aviação e largou os estudos convencionais para se dedicar ao aprendizado do ofício de piloto.
O Acre chorou com mais intensidade a perda dessas duas vítimas, dentre outras 69 vidas que também foram ceifadas de forma tão trágica. Jogadores, comissão técnica, jornalistas, todos com um sonho possível, que se esvaiu em meio a destroços.
As mortes de mais de 70 pessoas, todas cheias de vida e de um futuro promissor, não podem ficar em vão, sem respostas. É certo que não se deve julgar antecipadamente, sem os devidos fatos esclarecidos. Mas a questão é que estes fatos precisam vir à tona. Autoridades colombianas devem se pronunciar com mais exatidão sobre o que aconteceu em relação ao seu trafego aéreo. E, ainda com mais responsabilidade, a companhia boliviana precisa responder pela ‘pane’ em sua aeronave e também amparar as famílias das vítimas.