Como se viu, o governador Tião Viana e o senador Jorge reagiram com indignação e veemência à citação de seus nomes na delação de um dos executivos da Odebrecht que os acusou, sem fornecer qualquer prova ou indício, de que teriam recebido recursos da empresa para suas campanhas eleitorais.
No caso do governador, a indignação foi maior, afirmando que nunca se reuniu “com pessoas canalhas ou até de bem a Odebrecht sequer para tomar um cafezinho”. E a revolta do governador se justifica, porque esta é a segunda vez que seu nome aparece, sendo que a Procuradoria Geral da República já o havia inocentado da primeira acusação.
De outra parte, quem acompanha com atenção a decantada operação Lava Jato sabe que a citação dos nomes deles, do ex-presidente Lula e outros fazem parte do modus operandi dessa operação. Como se assistiu, foram citados no mesmo dia em que o mesmo delator escancarou o esquema de corrupção, envolvendo o presidente Temer e seus principais ministros.
Essa denúncia sim preocupa e seus próprios apoiadores avaliam que o atual Governo teria chegado ao fim. Mesmo porque seu desempenho tem sido pífio para resolver os graves problemas do país. Talvez, a melhor saída seja mesmo nova eleição, porque a sociedade não suporta mais arcar com as consequências da crise.