Medida acertada e oportuna essa anunciada pelo governador Tião Viana com a contratação de mais 200 agentes socioeducativos para reforçar o atendimento que vem sendo realizado nos centros de ressocialização de jovens em conflito com a lei.
Quem acompanha o noticiário já deve ter observado uma participação significativa de jovens, ainda adolescentes, nessa onda de criminalidade que acometeu também o Estado com a chegada das organizações criminosas ou facções.
Ou por falta de estrutura familiar ou porque o tráfico de drogas atrai esses jovens, oferecendo todo tipo de facilidades, eles acabam sendo, facilmente, recrutados para participar de assaltos ou mesmo dessa disputa sangrenta de “territórios” entre esses grupos.
Não é fácil tirá-los desse caminho sem volta, mas é preciso insistir em sua recuperação e ressocialização. O Estado deve fazer a sua parte, sim, mas a sociedade, através de suas entidades representativas, a começar pelas escolas, pelas entidades de classe e pelas igrejas também são responsáveis.
Só para citar um exemplo: em outros bons tempos, na Capital e alguns municípios as chamadas associações de bairros exerciam um papel atuante com os chamados grupos de jovens. Assim como as igrejas com as comunidades de base. É preciso resgatar essas boas práticas e não esperar tudo do Estado e da polícia.