A transferência desses 15 presos tidos como “chefes” de facções criminosas de Rio Branco para Mossoró, no Rio Grande do Norte, embora tardia, diante dos apelos do Governo do Estado, pode contribuir para evitar problemas ou até mesmo alguma chacina também aqui no Estado, mas não resolve a questão da segurança pública em sua abrangência.
Como se vem alertando há tempos, essas facções criminosas, PCC e CV, emigraram dos dois grandes centros, Rio de Janeiro e São Paulo, para o interior do país, visando, sobretudo, os estados que fazem fronteira com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas e o contrabando de armas.
E o que está acontecendo com essas chacinas em presídios de Manaus, Boa Vista, Porto Velho não é outra coisa senão a disputa pelo domínio do narcotráfico. Lembrando que aqui em Rio Branco só não ocorreu ainda devido à vigilância e a ação das forças de segurança.
Ou seja, o problema só vai ser resolvido quando o Governo Federal, em conjunto com os estados, guarnecer as fronteiras com um plano que requer recursos financeiros significativos e permanente. Sem isso, como alguém já alertou, as polícias locais vão continuar “enxugando gelo”… e outros banhos de sangue poderão acontecer.