Começou mal, muito mal a nova Câmara de Vereadores da Capital ao contratar quase 90 cargos comissionados, ignorando a grave crise econômica que castiga a população e fazendo pouco caso do clamor da sociedade por menos gastos e mordomias nas casas legislativas, em suas diversas instâncias.
Pelo que se está divulgando, esses mais de 80 cargos comissionados serão divididos em oito assessores para cada um dos 17 vereadores da Casa e receberão vencimentos de até R$ 5 mil. Parece pouco, mas não é, considerando que esses recursos não sairão do bolso dos vereadores, mas dos cofres da prefeitura. Em última instância dos impostos dos contribuintes.
Além disso, o que se questiona é a necessidade um vereador dispor de oito assessores, como se fossem altos executivos de uma empresa. É sabido que a maioria desses assessores, por ser indicação dos próprios vereadores, sequer comparecerão ao trabalho.
Na verdade, essa gastança com assessores e outras mordomias é uma prática que vem se perpetuando há séculos no parlamento brasileiro. Pesquisas realizadas já apontaram que poucos países, mesmo os mais desenvolvidos, permitem tantos gastos e abusos com o dinheiro público.
