Depois das chacinas ocorridas em Manaus e Boa Vista, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou no último domingo, ajuda do Governo Federal aos estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso e, apesar das insistentes reivindicações e alertas do governador Tião Viana, nada ainda foi agendado para o Acre.
Custa a crer que essa atitude do ministro tenha a ver com questões político-partidárias, no caso de o Acre estar sendo governado pelo Partido dos Trabalhadores. Talvez, seja mesmo porque o ministro da Justiça e por extensão o Governo Federal ainda não se deram dando da gravidade da situação na região, onde as facções criminosas estão “territorializando” os estados que fazem fronteira com os países tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas.
No caso do Acre, por enquanto, a situação nos presídios ou fora deles ainda está sob controle, graças às medidas que vêm sendo tomadas pelas forças de segurança locais nos presídios, mas, como vem sendo noticiado, as ameaças e provocações desses grupos criminosos tem que ser levadas a sério e combatidos com o rigor da lei.
Contudo, isso não basta. Até agora não se viu nenhuma iniciativa do Governo Federal para guarnecer a fronteira do Estado com os países vizinhos, onde o tráfico de drogas e o contrabando de armas correm soltos.