Continua repercutindo intensamente na imprensa nacional e internacional a chacina de detentos em presídio de Manaus e alguns estudiosos chegaram à vergonhosa conclusão de que o poder público perdeu o controle da maioria dos presídios do país e quem dita as regras são as famigeradas facções criminosas.
Segundo esses analistas, quando as regras estabelecidas entre os líderes desses grupos na disputa pelo “território” das drogas e armas são quebradas, acontecem essas matanças ou banhos de sangue dentro e fora das penitenciárias.
Embora o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, tenha tentado negar ou até minimizar o poder desses grupos criminosos, é exatamente isso que está ocorrendo em vários estados. Tanto é que ontem mesmo, noticiava-se que as autoridades do Rio e São Paulo, onde surgiram essas facções, entraram em alerta sobre possíveis consequências desse caso em Manaus sobre aqueles estados.
Na verdade, é preso insistir, é que não há uma política nacional de segurança pública permanente e eficiente para combater o tráfico de drogas e armas que entram pelas fronteiras com os países vizinhos, cuja responsabilidade primeira e maior é da União.
Basta observar aqui no Acre, onde os recursos técnicos e humanos da Polícia Federal são infinitamente limitados para guarnecer mais de 2 mil quilômetros de fronteiras com a Bolívia e o Peru.