Sob qualquer perspectiva que se analisar, o ano que está acabando hoje, 2016, ficará marcado na história do país como um dos mais tristes e vergonhosos com a ruptura da ordem institucional, através do impeachment ou golpe parlamentar de uma presidente da República, tramado e conduzido por quem hoje está atrás das grades e outros que poderão ainda ter o mesmo destino.
E o resultado desse vergonhoso processo é o que se está vendo. Longe de resolver a grave crise econômica, política e institucional, como prometiam, os novos governantes e seus apoiadores tornaram-na ainda pior. Os principais indicadores econômicos e sociais, a começar pela taxa de desemprego, pela queda do PIB, o fechamento de milhares de indústrias, a quebradeira de estados e municípios estão aí a vista de todos.
E o pior ou mais trágico é que as previsões para o ano que irá começar também são péssimas. Os próprios governantes reconhecem e vários de seus apoiadores já admitem que o melhor para o país seria a convocação de novas eleições para restaurar a credibilidade a confiança da sociedade.
A despeito dessa conjuntura adversa e perversa, a sociedade também precisa reagir e cobrar soluções. Já fez isso em outras situações semelhantes na história do país e está na hora de fazer outra vez. Só assim, poderá saudar o ano que está para começar.