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Sem contemplação

Se com muito esforço as forças de segurança estão conseguindo manter sob controle os presídios aqui no Estado, evitando as tragédias que ocorreram em Manaus, Boa Vista e Natal, a demissão desses dois agentes penitenciários chama a atenção para outro grave problema que deve ser tratado com todo o rigor, além do combate às famigeradas facções criminosas que têm provocado essas chacinas.

Que se dê aos acusados o direito de defesa, como preconiza a lei. Contudo, não deve haver contemplação com esses deslizes. Segundo se está divulgando, um teria sido demitido por facilitar a entrada de drogas no presídio e o outro por trocar mensagens por rede social com presidiário.
Na verdade, não se trata de deslizes. São crimes e como tais devem ser tratados. Foi amplamente denunciado e provado que, em alguns desses estados, onde aconteceram as chacinas, até dirigentes de presídios estavam envolvidos em esquemas para facilitar dentro e fora dos presídios a ação dos considerados “chefões” dos grupos criminosos.

Por isso mesmo, as autoridades de segurança e o Judiciário devem ser rigorosos com esses indivíduos coniventes com a criminalidade. O que não desmerece o trabalho honesto dos bons profissionais que, sem recursos, estão fazendo quase o impossível para manter o controle de um sistema penitenciário falido.

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