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O que mais se temia

Aquilo que mais se temia aconteceu: seguindo o exemplo do Espírito Santo, familiares de policiais militares do Rio de Janeiro bloquearam ontem de manhã as entradas de vários quartéis da corporação para impedir que maridos ou parentes próximos saíssem às ruas para cumprir suas obrigações.

Pelas primeiras informações divulgadas, por enquanto, o movimento ainda é restrito, atingindo poucos quartéis. Contudo, se providências não forem tomadas de imediato, o movimento poderá ganhar força e, e então, se repetirá o mesmo caos ou tragédia do Espírito, onde mais de 100 pessoas já foram mortas em apenas uma semana e a Capital, Vitória, e outras cidades estão praticamente sitiadas, com seus moradores trancados em casa, feitos reféns.

De longe e sob qualquer pretexto, não se pode dar razão a este tipo de movimento. Primeiro, porque é vedado à Polícia Militar fazer paralisações, mas, sobretudo, porque estão em questão os interesses maiores da sociedade que precisa e tem o direito à segurança pública.

Porém, não há como negar que esses movimentos são consequência da crise econômica e política que o Governo imposto pelo golpe parlamentar é incapaz de resolver.

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