O agente penitenciário Romário Cavalcante Alexandrino, de 28 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira, 22. Criminosos invadiram a casa do homem e atiraram contra ele. A esposa e o cunhado, que também foi atingido pelos tiros, também estavam na casa, localizada na Vila do V, em Porto Acre.
Alexandrino foi atingido no abdômen e chegou a passar por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu ainda na quarta, 22. O cunhado da vítima segue internado no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.
Segundo a Associação do Sistema Penitenciário (Asspen/AC), cinco homens encapuzados invadiram a casa e começaram a atirar. Os criminosos teriam chegado a pé. A entidade acredita que a morte é uma retaliação ao trabalho que tem sido desenvolvido dentro dos presídios do estado.
A Asspen/AC destaca que não é a primeira vez que agentes penitenciários são alvos de ataque. Há poucos dias criminosos tentaram incendiar a casa de um dos trabalhadores em Tarauacá e, na última segunda-feira, 20, um agente teve que mudar de residência após ser ameaçado por bandidos, de acordo com a entidade.
Em nota, o Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) lamentou a morte do agente penitenciário e afirmou que haverá uma “mobilização imediata” para tentar elucidar o caso.
“Em nome de todos os profissionais da área de Segurança Pública, externamos o mais profundo pesar pela morte do agente público e nos solidarizamos com todos os seus familiares, colegas de profissão e amigos, pelo ato insano e covarde”, diz a nota.
Além do assassinato, duas casas de madeira foram incendiadas no município. A informação foi confirmada pela assessoria do Corpo de Bombeiros do Acre.
Em protesto à morte do colega de trabalho, agentes penitenciários e policiais civis e militares querem suspender, por tempo indeterminado, as visitas íntimas dos presídios do Acre. A Secretaria de Segurança Pública deve se pronunciar oficialmente sobre a decisão nesta quinta, 23.
Revista em presídio
Durante a última revista realizada na terça-feira, 21, no pavilhão A do Complexo Penitenciário Francisco d’ Oliveira Conde, foram encontrados munições, mais de 40 estoques e uma pistola, além de drogas e 25 celulares, segundo o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen/AC).