Ao completar um ano do impeachment ou golpe parlamentar, nada a comemorar, só a lamentar a situação deplorável e vergonhosa que esse processo expôs o Brasil diante da comunidade internacional a ponto de o Papa recusar o convite do presidente imposto a visitar o país.
Aliás, nos últimos dias, em entrevista a uma emissora de televisão, o próprio presidente acabou admitindo que o impeachment foi negociado a troco de propina com o então presidente da Câmara dos Deputados, um crápula que se encontra preso, acusado de vários crimes.
Se houvesse um Judiciário forte e independente isso por si só seria suficiente para anular o processo. O que não vai acontecer e o resultado dessa patranha é o que se está assistindo: o país afundando cada vez mais na crise econômica, política e institucional, com 13,5 milhões de brasileiros desempregados.
Neste cenário, os “batedores de panela” sumiram e só alguns segmentos atingidos pelas reformas neoliberais começam a reagir, como se assistiu ontem em Brasília e no país inteiro com as manifestações dos policiais repudiando a Reforma da Previdência Social, também conhecida como a “PEC da Morte” ou “Pé na Cova”.
Pessimismo? Revanchismo? Não. É a mais perversa realidade que vive o país que tinha todas as condições para dar certo e se transformou numa “republiqueta bananeira”.