Como bem lembrou ontem na Assembleia Legislativa o deputado Éber Machado, o Acre não pode aceitar passivamente a transferência do centro de operações da Eletronorte para o Estado de Rondônia, ficando na dependência das decisões a serem tomadas naquele estado e o que é mais grave, comprometendo seu próprio desenvolvimento industrial.
O que intriga e indigna é que esta decisão foi tomada, praticamente, às escondidas, sem ouvir o Governo local, a classe política e empresarial e a sociedade, como se não tivessem nada a dizer contra uma decisão tão absurda.
Como bem lembrou o deputado, uma das primeiras consultas que qualquer empresário de bom senso faz para investir é a garantia de que o Estado onde pretende instalar seu empreendimento é a de que disponibilizará de uma boa qualidade de energia elétrica. Sem esta garantia, ele vai procurar outros estados.
Ora, se com a autonomia que se tinha até agora, o Estado já vinha sendo constantemente castigado por “apagões”, o que se pode esperar e prever daqui por diante com as decisões a serem tomadas por burocratas instalados em Rondônia?
Francamente, a classe política, de modo particular, deputados e senadores precisam reagir contra essa medida discricionária. Como bem definiu o deputado, com tal decisão o Acre passa a ser tratado como um “bairro qualquer” do estado vizinho.