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O país sangrando

Tudo pode acontecer hoje no julgamento pelo Superior Tribunal Eleitoral da chapa Dilma Temer, mas a única certeza é que o processo deverá se prolongar por semanas ou meses e o país continuará sangrando com o agravamento da crise econômica, política e institucional.

A pérfida ironia dessa farsa é que um dos autores da denúncia de abuso de poder econômica e político, o senador Aécio Neves, está sitiado, trancafiado em casa, depois das graves denúncias que surgiram contra ele de recebimento de propina e outros crimes mais graves ainda que precisam ser investigados.

E o presidente da República, um dos articuladores do impeachment ou golpe parlamentar, hoje não passa de político moribundo, um zumbi, também acusado pelos mesmos crimes, como o país inteiro assistiu nas denúncias dos executivos da JBS.

Independentemente do resultado que emergirá desse julgamento, se houvesse um resquício de bom senso ou dignidade, o presidente já deveria ter renunciado, evitando tanto sofrimento à sociedade e o vexame perante os países civilizados.

Diante desse quadro, não há outra saída senão a renúncia ou cassação e a convocação imediata de eleições diretas para a retomada da ordem democrática e do desenvolvimento sócio-econômico.

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