Esta operação deflagrada pela Polícia Federal em vários estados, incluindo o Acre, envolvendo uma poderosa e sofisticada quadrilha de traficantes, só vem a confirmar o que se vem alertando há tempos – de que o narcotráfico continua mais atuante do nunca nos estados fronteiriços com os dois ou mais países tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas e o contrabando de armas.
Como se pode constatar pelas informações repassadas pela Policia Federal, não se trata mais de pequenos traficantes que agem individualmente, mas de uma quadrilha composta por empresários, usando não mais as chamadas “mulas”, mas aviões, com pistas de pouso em fazendas e com meta de chegar a uma tonelada de cocaína por mês. Ou seja, já não são mais amadores.
As causas desse crescimento do narcotráfico são várias, mas a principal delas, sem dúvida, foi a omissão dos governos brasileiro e desses países fronteiriços, que teriam a obrigação constitucional de guarnecer as fronteiras e se mantiveram omissos, sem dar as mínimas condições técnicas e de pessoal às diversas policias e aos estados.
Resultado dessa omissão é o que se está vendo em todo o país: o aumento da criminalidade com o surgimento das facções criminosas que se retroalimentam do tráfico de drogas e o contrabando de armas.
