Compreende-se a indignação dos correligionários e grande parte da sociedade contra a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou o ex-presidente Lula a nove anos e meio de prisão no caso do Triplex, mas, a rigor, não há nada de surpreendente nisso.
Como se vem denunciando, esta e outras sentenças que ainda virão fazem parte do plano maior, que começou com o impeachment da presidente Dilma Rousseff e será concluído quando seus mentores e articuladores conseguirem impedir que o ex-presidente Lula viabilize sua candidatura a presidente da República, no próximo ano.
E, de acordo com esse plano, o juiz em questão, procuradores da República e delegados da Polícia Federal, que compõem a chamada “República de Curitiba”, estão cumprindo o papel que lhes foi designado. Simples assim.
Além de uma sentença medíocre, o que esperar de um juiz que, recentemente, foi flagrado pelas câmeras em cochichos com o senador Aécio Neves, envolvido, como se viu depois, negociando propinas com empresários da JBS?
Outro exemplo: o que esperar de alguns procuradores da Justiça e delegados da Polícia Federal que, durante a última campanha eleitoral para presidente da República, declararam abertamente pelas redes sociais seus votos ao mesmo senador?
A indignação é justa e agora é exigir que instâncias superiores do Judiciário façam a verdadeira Justiça.