Embora o presidente da República tenha recuado na decisão de reduzir a reserva ambiental na divisa do Pará com o Amapá, diante da reação da opinião pública e internacional, não significa que o Governo imposto pelo golpe parlamentar tenha desistido de abrir a Amazônia para o capital nacional e internacional.
A julgar pelas reformas trabalhistas e, sobretudo, da Previdência Social, este Governo foi adredemente imposto para privilegiar o capital, e a Amazônia, com todos os seus recursos minerais faz parte desse plano macabro. Tanto é que empresas mineradoras do Canadá e de outros países já sabiam meses antes do decreto presidencial do potencial de ouro e outros minerais dessa reserva e estavam prontas para investir.
Para este Governo e seus apoiadores ou cúmplices, dane-se a biodiversidade e os recursos naturais e danem-se os 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia e estão preocupados ou desatentos em protegê-la.
Por isso mesmo, as populações locais precisam despertar novamente e reagir contra essa nova investida sobre a região, a exemplo do que se fez no passado, e não esperar apenas pela reação de alguns artistas, modelos e a opinião pública internacional, como se assistiu nesses dias.